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Ele lidera um negócio que faturou R$ 70 milhões em 1 ano com tecnologia para a Unimed

Com IA e biometria facial, a healthtech Nexdom já atende mais de 6 milhões de pessoas e tem ajudado a cooperativa de médicos a combater desperdícios — e custos

Daniel Torres, da Nexdom: “O objetivo é criar uma plataforma única que conecte os sistemas e torne as operações mais ágeis para as operadoras” (Divulgação/Divulgação)

Daniel Torres, da Nexdom: “O objetivo é criar uma plataforma única que conecte os sistemas e torne as operações mais ágeis para as operadoras” (Divulgação/Divulgação)

Leo Branco
Leo Branco

Editor de Negócios e Carreira

Publicado em 6 de junho de 2025 às 12h25.

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Em um movimento estratégico nos últimos meses, a Unimed fundiu seis empresas do seu portfólio para criar a Nexdom, uma healthtech voltada para integrar os sistemas de gestão das operadoras de saúde do grupo.

A nova empresa tem como objetivo substituir os 29 softwares distintos que eram usados pelas cooperativas até então, unificando a gestão de processos istrativos e clínicos.

No primeiro ano de operação, a Nexdom superou a meta inicial de vendas, atingindo R$ 29 milhões, um valor acima dos R$ 26 milhões projetados. Atualmente, o sistema da Nexdom atende mais de 6,5 milhões de beneficiários da Unimed em todo o Brasil.

“O objetivo é criar uma plataforma única que conecte os sistemas e torne as operações mais ágeis para as operadoras”, diz Daniel Torres, CEO da Nexdom, que lidera a empresa após sua trajetória como fundador de empresas de tecnologia.

A Nexdom oferece uma plataforma ERP (Enterprise Resource Planning) que centraliza processos istrativos e clínicos de operadoras de saúde. Isso inclui desde a gestão de pagamentos a médicos, autorizações de procedimentos e auditorias até o controle de fraudes.

Uma das principais inovações da empresa é o uso de reconhecimento facial, aplicado em consultas e terapias para impedir fraudes.

A tecnologia permite que apenas os beneficiários reais sejam registrados, evitando cobranças indevidas por serviços não realizados. De acordo com a empresa, a implementação da biometria facial resultou em uma redução de 18% no número de terapias recorrentes e de 3,5% nas consultas pagas erroneamente.

Além disso, a plataforma utiliza automação e inteligência artificial para otimizar processos. Isso inclui a redução do tempo necessário para agendar exames, autorizar cirurgias e internações, além de adaptar o sistema com o tempo para aumentar a eficiência nos serviços.

R$ 70 milhões em 1 ano

Em seu primeiro ano, a Nexdom já atende 142 cooperativas Unimed, com previsão de aumentar sua participação no mercado. Até 2027, a empresa planeja expandir para 80% da rede Unimed no Brasil e depois buscar novos contratos com outras operadoras de planos de saúde.

Com um faturamento anual de R$ 70 milhões, a Nexdom projeta dobrar esse valor em 2025, ampliando sua atuação e a adesão ao sistema integrado. A empresa também planeja lançar novos produtos, como prontuários eletrônicos e soluções digitais para os beneficiários, como forma de expandir ainda mais sua oferta.

“Estamos investindo em novas tecnologias que vão integrar ainda mais os sistemas de gestão e melhorar a automação de processos repetitivos, como autorizações e auditorias”, afirma Torres. “Além disso, estamos estruturando uma área de inteligência artificial para otimizar ainda mais nossos processos.”

A Nexdom tem promovido mudanças importantes nas operadoras Unimed. Ao integrar e automatizar os processos, a plataforma tem reduzido o tempo de resposta para autorizações e melhorado a comunicação entre as cooperativas. Além disso, o controle de fraudes com a biometria facial tem gerado uma economia significativa para as operadoras.

A empresa segue com a meta de expandir a plataforma para 80% das operadoras Unimed até 2027, e em seguida explorar novas oportunidades fora da rede Unimed.

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