Ordem judicial exige guarda de dados de usuários do ChatGPT; para a OpenAI, decisão fere privacidade da plataforma
Sam Altman: CEO da OpenAI (Leandro Fonseca / EXAME)

Publicado em 6 de junho de 2025 às 10h32.

A OpenAI está recorrendo de uma decisão judicial relativa ao processo de violação de direitos autorais movido pelo New York Times, que exige a preservação dos dados de saída do ChatGPT indefinidamente. A empresa argumenta que essa ordem entra em conflito com os compromissos de privacidade que fez com seus usuários.

No mês ado, o tribunal determinou que a OpenAI preservasse e segregasse todos os registros de dados de saída, após solicitação do jornal. A decisão foi tomada no contexto de uma disputa em que o jornal acusa a OpenAI e a Microsoft de usarem milhões de seus artigos sem permissão ou compensação para treinar o modelo de linguagem por trás do ChatGPT.

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Sam Altman, CEO da empresa, afirmou em uma postagem feita, na quinta-feira, 6, na plataforma X, que ela vai "lutar contra qualquer demanda que comprometa a privacidade de nossos usuários; isso é um princípio central para nós". Altman ainda criticou a solicitação do NYT, afirmando que ela estabelece um "precedente ruim".

Como resultado, a OpenAI solicitou que o juiz distrital Sidney Stein anule a ordem de preservação de dados emitida em maio. O processo movido pelo New York Times contra a OpenAI e a Microsoft começou em 2023, com acusações de infração à propriedade intelectual.

Em uma decisão anterior, o juiz Stein afirmou que o NYT havia apresentado evidências suficientes de que as empresas incentivaram os usuários a infringirem os direitos autorais da publicação. Ele também argumentou que a produção de material proveniente dos artigos do jornal pelo ChatGPT justificava a continuidade das queixas.

A disputa continua, com o futuro do caso e suas implicações legais ainda incertos.

NYT licencia conteúdo para Amazon

Na semana ada, o New York Times anunciou um acordo pioneiro para licenciar seu conteúdo jornalístico, gastronômico e esportivo para a Amazon. A parceria permitirá que a gigante do varejo utilize o material para alimentar a assistente virtual Alexa e treinar seus próprios modelos de inteligência artificial.

O jornal entende que o acordo está alinhado com sua abordagem em relação a essa tecnologia, garantindo valorização e remuneração adequada de seu produto. No caso da Amazon, a parceria fortalece a busca da empresa por aprimorar sua plataforma e ferramentas de IA.

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