Modelos Blackwell custarão até US$ 4.000 dólares a menos que o H20 e buscam manter competitividade no mercado chinês, contornando restrições impostas pelos EUA
China representou 13% das vendas da empresa no último ano (Omar Marques/SOPA Images/LightRocket via Getty Images/Getty Images)

Publicado em 26 de maio de 2025 às 08h54.

Ainda neste ano, a Nvidia lançará um novo chip de inteligência artificial voltado para o mercado chinês, segundo informações da Reuters. O modelo, parte da geração Blackwell, será mais barato do que o H20, com preço entre US$ 6.500 e US$ 8.000 – bem abaixo dos US$ 10.000-US$ 12.000 que custa aquele.

A unidade de processamento gráfico (GPU) também terá especificações mais simples, como memória GDDR7, em vez da mais avançada HBM, e não usará a tecnologia CoWoS da TSMC. Inicialmente revelado no começo de maio, o plano da Nvidia, de acordo com a Reuters, é começar a produção em massa ainda em junho.

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Com restrições à exportação impostas pelos EUA ainda em 2022, no governo Biden, a participação da empresa no bilionário mercado chinês de IA caiu de 95% para 50%. A líder mundial do segmento enfrenta competição da Huawei e seu chip Ascend 910B.

Essa queda foi registrada antes do banimento completo da exportação dos modelos H20, imposto por Trump em abril deste ano, que resultou em perdas significativas para a empresa. As estimativas são de US$ 5,5 bilhões em inventário e US$ 15 bilhões em vendas perdidas.

A Nvidia também está desenvolvendo outro chip Blackwell para a China, com produção programada para setembro. O novo produto deve atender à demanda de IA e treinamento de modelos, alcançando até 1,7 terabytes por segundo, no teto das restrições de largura de banda de memória.

Contorno à guerra comercial

A empresa segue avaliando suas “limitadas” opções, já que, até o recebimento da aprovação do governo dos EUA, eles estão excluídos do mercado chinês de data centers, estimado em US$ 50 bilhões.

Esta é a terceira vez que um chip precisa ser personalizado para o mercado chinês devido às restrições da guerra comercial e da disputa geopolítica entre Estados Unidos e China, a qual pode impactar o bilionário superávit que o país norte-americano possui em serviços digitais. Mesmo com a queda registrada desde 2022, o país asiático continua importante para a Nvidia, representando 13% das vendas do último ano.

Empresas como a Apple também tem buscado contornar as crescentes restrições impostas ao desenvolvimento e exportação de produtos considerados estratégicos para a China, categoria na qual se encaixam os chips e demais tecnologias de IA, além da perda de mercado para competidores locais como a Huawei.

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