Centro comunitário em Porto Alegre vai oferecer apoio à população do Quilombo dos Machado após catástrofe climática
Repórter de ESG Publicado em 29 de abril de 2025 às 15h00.
Há um ano, o Rio Grande do Sul registrava um volume recorde de chuvas, com precipitações superiores a 700 mm em algumas áreas, o que resultou em enchentes que devastaram o Estado. Durante a semana entre 27 de abril e 2 de maio, a chuva foi especialmente intensa. Na capital Porto Alegre, o total registrado em maio foi de 513,6 mm, enquanto a média para o mês é de 112,8 mm.
Mais de 209 mil famílias foram afetadas, sendo as áreas mais vulneráveis asfavelasecomunidadesprecárias, que já enfrentavam desafios habitacionais antes da catástrofe. Em algumas regiões, cerca de 300 mil imóveis foram invadidos pelas águas.
O Quilombo dos Machado, em Porto Alegre, foi uma das comunidades mais afetadas. Com 246 famílias, muitas das quais perderam seus pertences durante as enchentes, o local enfrenta ainda hoje sérias dificuldades para sua reconstrução. Cerca de 33% das moradias são de madeira, e muitas das ruas são de terra, o que agrava ainda mais a situação das famílias.
A população local ainda luta para recuperar o que perdeu, enfrentando uma emergência habitacional que já existia antes das chuvas, mas que foi intensificada pela catástrofe.
Por isso, a TETO Brasil, organização que atua desde 2006 para erradicar a pobreza por meio da construção de moradias e soluções de infraestrutura em comunidades vulneráveis, anunciou que começará a construção de um centro comunitário no Quilombo dos Machado, ao final de maio.
O centro será construído utilizando a tecnologia de steel frame, que permite uma obra rápida e com menor geração de resíduos. A estrutura terá 72 m², o que representa um aumento em relação ao centro atual, que é aberto nas laterais e não oferece a segurança necessária para abrigar encontros e atividades comunitárias.
O novo espaço será essencial para a organização local, pois servirá como ponto de encontro para os moradores e um local para a distribuição de doações recebidas. Além disso, o centro contribuirá para o fortalecimento da organização comunitária em uma área que ainda busca soluções para os problemas habitacionais e estruturais.
2 /17Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
3 /17Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
4 /17Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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