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Após maior leilão de mídia aeroportuária da história, Aena quer licitar 400 lojas em aeroportos

A nova proposta, segundo o executivo, é uma forma para diversificar as fontes de receita

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 8 de junho de 2025 às 09h01.

A concessionária de aeroportos Aena planeja realizar uma nova licitação para comercialização de 24.000 m² de área comercial nos aeroportos após concluir a maior concorrência de mídia aeroportuária, com valor de mais de R$ 1,5 bilhão.

"Estamos planejando outras licitações, como a comercialização de 24.000 m² de área comercial nos aeroportos. São aproximadamente 400 espaços comerciais, que podem incluir lojas, restaurantes e outros serviços", diz Juan José Sánchez, Diretor Comercial da Aena Brasil, em entrevista exclusiva à EXAME.

Segundo a empresa espanhola, os 17 aeroportos sob sua gestão representa quase 20% do tráfego nacional. Em 2023, a empresa atendeu 40 milhões de viajantes no Brasil.

A nova proposta, segundo o executivo, é uma forma para diversificar as fontes de receita e melhorar a experiência dos ageiros em toda a rede de aeroportos.

Sánchez afirma que a proposta deve atingir vários aeroportos istrados pela concessionária, incluindo os de Congonhas, Uberlândia e Campo Grande. O executivo ressalta que a ideia é revitalizar e maximizar o potencial comercial de toda a rede de aeroportos.

"A Aena está criando um ambiente comercial diversificado, impactando positivamente tanto os ageiros quanto as cidades, gerando emprego e desenvolvimento. Esse é um mundo complexo, mas que tem um grande impacto econômico, e estamos comprometidos em transformar a experiência do ageiro."

Maior leilão de mídia aeroportuária

A Aena concluiu neste mês o maior leilão de mídia aeroportuária já realizado no Brasil, com um valor superior a R$ 1,5 bilhão. O consórcio vencedor, formado pelas empresas Neooh e Helloo, arrematou a concorrência que abrange 17 aeroportos da concessionária no Brasil, espalhados por nove estados. O contrato, que entra em vigor em julho de 2025, terá uma duração de dez anos, e a implementação será gradual, respeitando os contratos ainda vigentes com os operadores atuais.

"O valor dessa concorrência reflete o enorme potencial de faturamento, considerando os mais de 43 milhões de ageiros que am anualmente por esses aeroportos. Estamos falando de uma rede ampla, com 17 aeroportos e uma grande oportunidade de gerar receitas para todas as partes envolvidas: o consórcio, a concessionária e, claro, os ageiros, que se beneficiarão de um produto melhor", afirma.

Segundo a concessionária, a proposta vencedora tem como foco a melhoria da experiência do ageiro e o uso de novas tecnologias, como a digitalização do inventário publicitário e a utilização de Inteligência Artificial (IA) para análise de dados. Estes recursos vão permitir uma personalização mais eficaz das campanhas publicitárias, conectando marcas e ageiros de forma interativa e relevante.

"Com a ampliação da digitalização, queremos oferecer um retorno melhor para os anunciantes e transformar os aeroportos em espaços mais atrativos e eficientes para a publicidade. O uso de IA ajudará a ajustar as campanhas conforme o comportamento do ageiro", explica Sánchez.

A implementação da nova mídia nos aeroportos ocorrerá de forma gradual, com destaque para o caso de Congonhas, onde a modernização está prevista para ser concluída em 2028. A Aena Brasil planeja investir inicialmente no terminal atual, para integrar as novas tecnologias e equipamentos no novo terminal que está em construção.

“Não faremos melhorias imediatas no terminal existente, mas sim um investimento para o futuro. A nova tecnologia será implantada até 2028, com todo o sistema integrado ao novo terminal de Congonhas, criando uma experiência ainda mais conectada e moderna para os ageiros”, afirma Sánchez.

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